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Mais de metade da população mundial vive já em áreas urbanas, tendo as cidades um papel de extrema importância para garantir o seu desenvolvimento de forma sustentável. Assim, a resiliência e inteligência das cidades torna-se fundamental, crescendo a necessidade dos municípios serem mais eficientes nos seus processos de planeamento e gestão procurando, ao mesmo tempo, melhorar continuamente a sua estratégia de desenvolvimento sustentável assente nas melhores práticas a nível internacional.
Deste modo, a sustentabilidade urbana exige a “smartness” das cidades, cujo objetivo deve ser garantir aos seus habitantes as melhores condições de vida possíveis. Ser “smart” significa integrar soluções inovadoras com base na tecnologia para a gestão da vida quotidiana da cidade, transformando a forma como a informação é tratada e gerida em áreas como energia, ambiente, mobilidade e serviços. Tirando partido da tecnologia, as cidades podem colmatar falhas e ineficiências na avaliação de dados, comunicação, burocracia, processos e procedimentos.
A capacidade de comparar cidades entre si ajuda a definir a melhor estratégia para promover a sustentabilidade através da avaliação comparativa de indicadores económicos, sociais e ambientais. No entanto, este processo exige a padronização de métricas de performance, como standards da ISO, para os quais muitas cidades ainda não estão cientes.
Ao agirem localmente, os municípios trabalham com várias entidades responsáveis pelo rastreamento do desempenho da cidade em áreas operacionais dispersas. Como consequência, os municípios têm dificuldade em centralizar a informação para tomar decisões bem informadas e monitorizar o cumprimento dos seus objetivos estratégicos.
Colocar em prática a visão de desenvolvimento sustentável nas comunidades é um grande desafio. Portanto, é crucial para as cidades possuírem um sistema de gestão eficiente, permitindo que todas as partes interessadas compreendam a visão da cidade quanto à sustentabilidade e estabeleçam planos de ação “smart”.