De acordo com dados da Informa D&B uma em cada três empresas não consegue sobreviver mais que doze meses e apenas menos de metade atinge a maturidade de cinco anos, mesmo com investimentos significativos que empolaram estatísticas económicas. Os números apontam como a maior causa, causa raiz, o empreendedorismo cego onde sobressai a frase de Reid Hoffman, fundador do LinkedIn em que “Ser empreendedor é saltar de um penhasco e tentar construir um avião durante a queda”. No entanto Carlos Jerónimo, profissional, docente e entusiasta em modelos de negócio e gestão baseada na evidência, refere que há quem goste de desportos radicais, no entanto há métodos e técnicas que permitem “olhar e decidir antes de saltar” e mesmo assim sentir adrenalina.
Carlos Jerónimo começa por exemplificar o conceito através de uma startup, o exponencial da tentativa erro e em que só se fala dos casos de sucesso e dos milhões de investimento injetados, noticias em jornais e revistas de referência que enviesam a perspetiva do leitor ao não apresentam em paralelo estatísticas de conservatórias que acumulam diariamente pedidos de dissolução de empresas. É clarividente que a maioria das startups nasce com o modelo de negócio invertido o que reforça a celebre frase de Seth Godin em que as empresas procuram clientes para os seus produtos ao invés de produtos para os seus clientes. Os proprietários acreditam que têm o melhor produto do mundo, apenas os clientes distraídos ainda não se aperceberam disso e num qualquer dia desconhecido o produto irá vingar. Estatísticas do programa Lago dos Tubarões (Shark Tank) confirmam que a maioria dos investimentos realizados pelos “tubarões” exigiram reinvenção do modelo de negócio e adaptação completa ao mercado e que em nada se parecem com o conceito apresentado inicialmente. Não faz mal errar, o problema está quando não conseguimos reter ou ler informação que o erro está iminente, “estou no caminho certo, o mundo é que ainda não percebeu”.
Infelizmente para a economia, o problema não está apenas nas startups (…)
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